Amim Nordine, poeta e jornalista, com o seu papel e caneta, amigos que a morte separou-os de si |
É UM poeta pós-modernista. A sua poesia é epigrámica. Ou seja, compacta. Também é um poeta discreto. Nunca grita para que o vejam. Ou o oiçam. Não se preocupa com as pessoas que o reconhecem ou deixam de o reconhecer. Porque ele próprio sabe que é um poeta. Um poeta predestinado. Nunca se vai querer ser poeta, segundo suas palavras. ...Um poeta é. Amin Nordine publicou três obras que passaram mais ou menos despercebidas. Mas elas transportam uma grande carga de sabedoria. E um dia as pessoas vão entendê-las. São elas Vagabundo Desgraçado, Duas Quadras para Rosa Xicuachula e Do Lado da Ala-B. Agora tem Soladas, título com o qual concorreu para o prémio Muncipal/2007. E ganhou. Ele diz que o mundo do poeta e tão hipotético e subjectivo que prefere ficar calado para não abalar a fé que transporta consigo. Ele é um misto caneco, que os amigos chamam, a brincar, de mudjinthi, ou mujahidine. Mas o poeta diverte-se com isso e diz: “sou um preto de cabelos desfrisados. Minha mãe tinha um salão de cabeleireiro no ventre dela”. E numa situação destas, não podíamos perder a oportunidade de entrevistar este poeta da compactação. (entrevista de Alexandre Chaúque, no jornal Notícias no ano 2007)
O Sarau Cultural em Homenagem ao Amim Nordine, falecido a cinco de Fevereiro do corrente ano, aconteceu no Centro Cultural Brasil Moçambique em Maputo, na noite da última sexta-feira, realizado pelo Movimento Literário Kuphaluxa!
Participaram do evento, os escritores Marcelo Panguana, Aurélio Furdela, Pedro Chissano e Calane da Silva, que também é director do CCBM, o Jornalista Cultural Alexandre Chaúque, entre outros literatas.
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