quinta-feira, 21 de julho de 2011

Moçambique e África do Sul constroem memorial em memória das vítimas do Apartheid

Por Eduardo Quive
Armando Artur, ministro da Cultura moçambicano e Paul Mashatile, ministro sul-africano das Artes e Cultura, na serimónia do lançamento da primeira pedra das obras na Matola

Passam 30 anos desde a ocorrência dos bombardeamentos pelo regime sul-africano do Apartheid, a 30 de Janeiro de 1981 na cidade da Matola.
O tempo passou, mas a história ficou. Munidos no intuito de homenagear os homens e mulheres que tombaram nessa emboscada, os governos da República da África do Sul e de Moçambique, fizeram na última sexta-feira na Matola, o lançamento da primeira pedra para a edificação do memorial que irá figurar a honra daquele acontecimento.
O referido projecto-conjunto dos dois países, consiste na construção do memorial e um Centro de Interpretação, na praça das Quatro Cantinas na cidade da Matola.
De acordo com o ministro da Cultura moçambicano, prevê-se que as infra-estruturas estejam prontas até ao dia que se celebra o aniversário dos ataques, 30 de Janeiro, caso tudo ocorra como o previsto.
Armando Artur, disse que o empreendimento a ser construído, é uma obra de arte e de memória colectiva, que contribuirá para a preservação da história dos povos dos dois países, daí, a maior atenção do Governo de Moçambique para o cumprimento dos prazos da execução do projecto, bem como na criação das condições necessárias para assegurar a qualidade da infra-estrutura.
Com a existência do monumento, prevê-se, como forma de atrair turistas para o país, assim como a melhoria do enquadramento urbanístico da Matola, serão feitas intervenções com vista ao tratamento paisagístico da Praça, a reabilitação das vias de acesso ao Monumento e a colocação de placas indicadoras.
Por sua vez, Paul Mashatile, ministro sul-africano das Artes e Cultura, revalidou o compromisso do governo do seu país em participar grandemente, para tornar real o desejo dos dois países, de preservar eternamente a história de 30 de Janeiro.
Mashatile, afirmou na ocasião, ser este acontecimento, um marco na história da África do Sul, a construção de uma infra-estrutura daquela envergadura que é a única que aquele país vizinho fora.
“O nosso governo está ciente da importância deste empreendimento. Será um património comum, visto que a nossa estória converge neste local”.
A cerimónia de lançamento da primeira pedra do memorial das vítimas do ataque do regime do Apartheid, contou ainda com a presença da governadora da província de Maputo, Maria Jonas, e do edil da Matola, Arão Nhancale.
Recorde-se que a assinatura do acordo para a construção deste memorial teve lugar em Fevereiro passado em Maputo.

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