- Em 44 dias auscultou em todo o país cerca de 1000 cidadãos em comícios populares
Por Serôdio Towo
No âmbito da Presidência Aberta e Inclusiva (PAI), iniciada a 3 de Abril último, o Presidente da República, Armando Guebuza, terminou última sexta-feira, o trabalho que vinha efectuando em todas províncias do país. O Chefe de Estado escalou de forma alternada Maputo-cidade, e as províncias de Gaza, Inhambane e Maputo na primeira fase. Na segunda fase foi à Sofala e Zambézia, e na terceira e última fase, apenas foi interrompida pela sua ida à África do Sul, onde participou da cimeira da SADC, depois de ter escalado Cabo Delgado e Nampula. Veio retomar a digressão por Manica, Tete e por fim Niassa. Este ano escalou 44 sedes distritais, 29 postos administrativos, 17 localidades, 5 cidades e 2 povoados, contas feitas pelo Escorpião concluíram que o PR, em cada local procedia ao plantio de uma árvore, totalizando deste modo 97 mudas por si plantadas, bem como auscultou 970 cidadãos e concedeu 11 conferências de imprensa. Outra nota curiosa é o facto de o PR ter escalado maioritariamente zonas que em tempos foram verdadeiros bastiões da guerrilha da Renamo.
A título de exemplo, na última província que Guebuza escalou, Niassa, preferiu aterrar no distrito de Maúa, localidade de Muapula, que dista cinco quilómetros da montanha onde estava instalada a base provincial da Renamo.
Depois, o Chefe de Estado escalou sucessivamente a localidade de Cheia-Cheia, no distrito de Nipepe, a de Meluluca, no distrito de Mandimba, este último povoado, também foi da influência da perdiz.
Ainda na sua digressão pelo Niassa, Guebuza trabalhou em Ligogolo, posto administrativo de Chiconono, distrito de Muembe, e por fim na tarde do mesmo dia, foi a Unango em Macaloge, distrito de Sanga, tendo orientado em todos os pontos, comícios populares.
O PR disse à população de Muapula, que está satisfeito pelo facto de, a comunidade ter manifestado na mensagem a si dirigida, o reconhecimento do trabalho que o governo está a fazer.
Disse que há pessoas que não aceitam que a pobreza pode e vai acabar. Para o Chefe de Estado, “Muapula é um exemplo daqueles que dizem que sim, a pobreza pode e vai acabar. A mudança de vida é notável nesta localidade e começa a despontar. Exemplo disso, a compra de motorizadas e a construção de casas melhoradas está a acontecer”.
O PR recordou que “em 1920, no dia 20 de Junho, nascia em Moçambique o homem da nação. O homem que iniciou a luta contra a denominação estrangeira (Eduardo Chivambo Mondlane). Mondlane foi estudar nos EUA e lá era professor de uma universidade, o que significa que tinha tudo que precisasse ao seu alcance, não lhe faltava nada. Mas ele disse, eu tenho isto e os meus concidadãos não têm, porque ainda somos colonizados pelos portugueses”.
Acrescentou que, “então ele abandonou América e veio à Moçambique com a sua família para lutar pela independência de Moçambique e do seu povo. Hoje, se Mondlane estivesse vivo, completaria 91 anos de idade” – sublinhou Guebuza.
“Nos últimos anos de vida, ele visitou esta província, andou a pé com objectivo de organizar o seu povo através dum ideal comum, para depois ser barbaramente assassinado”, recordou o Chefe de Estado.
Ainda no seu discurso diante de enorme multidão, Guebuza incutiu cada vez mais o espírito de valorização e conservação dos recursos naturais que o país possui, e explicou aos presentes que, “os nossos antepassados deixaram vários recursos naturais, mas estavam satisfeitos porque sabiam que os deixavam em boas mãos, e que nós faríamos bom uso, por isso, devemos seguir este princípio para permitirmos que também ao morrermos, possamos deixar para as futuras gerações”.
Para o Chefe de Estado, “combater a pobreza é lutar para termos aquilo que não temos. É fazer ou preparar aquilo que não temos como é o caso de yogurte, que aqui disseram processar, pois quando uma pessoa come e bem, está a combater a pobreza. Quando nós vivemos em casas sem janelas, o ar não circula lá dentro e aí estamos a provocar doenças porque, todos nós estamos a respirar o mesmo ar, e dessa forma estamos a aumentar a pobreza”.
“Quando construímos casas com janelas grandes, casas grandes onde o ar circula, nessa altura estamos a combater a pobreza. Quando trabalhamos e compramos bicicleta, compramos motorizada e comemos bem, temos telefone móvel, temos água, estamos bem de saúde, isso também é combater a pobreza”.
Mas depois destes pronunciamentos, Guebuza consolou o seu pobre povo dizendo que “algumas das coisas que eu disse aqui, muitos ou alguns de nós temos, mas outros não têm. Mas o importante é que já fizemos coisas que demonstram que estamos a lutar para acabar com a pobreza, pois, vocês trabalham muito e é verdade que muito ainda falta”.
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