Por Eduardo Quive
Fusão das expressões culturais: Xingombela, Magikha, Moda xikavalo, Xissaizani, Xiparatwani. Mais tarde incluídos movimentos eróticos como: Dzukutta, Xitlhakula, Guinha e Tsova. Finalmente a ciência tenta chegar aos factos que podem dismistificar o mítico género musical donominado Marrabenta. Há dias, o Instituto de Investigação Sócio-Cultural (ARPAC) levou a cabo um workshop intitulado “Marrabenta: origem e evolução”, numa acção que envolveu estudiosos de diversas áreas, investigadores culturais, artistas e amantes deste estilo musical, para dar a conhecer uma investigação sobre este rítmo acompanhado duma dança ao seu estilo característico. Entretanto, a questão sobre quem inventou a marrabenta, constituiu o forte dos debates, girando-se em torno de dois principais actores: Dilon Ndjindji e Fany Mpfumo.
Debater Marrabenta, foi o desafio que o Instituto de Investigação Sócio-Cultural (ARPAC) propós aos artistas, estudiosos e o público em geral, para participarem activamente numa investigação sobre a origem e evolução deste género musical, que até então, mesmo constituindo importante património cultural e até considerado identidade moçambicana, no entanto não existem livros abordando especificamente sobre a mesma.
“Este seminário acontece pelo facto de em volta da marrabenta, existirem várias discussões nas quais sedebate por exemplo, as suas origens, todavia, não está claramente esclarecido o processo de sua origem, e os reais percursores, pelo que, durante as discussões pudemos perceber a confusão existente sobre a matéria”.
“Já se começam a desenhar ideias que mostram que, mais do que nos preocuparmos com a origem, devemos nos preocupar com a sua evolução e disseminação, tanto dentro como fora do país. Isso é interessante, mas do ponto de vista epistemológico, não vamos deixar de nos preocupar com as origens. Mais do que isso, é preciso vender a imagem desta manifestação cultural a todos níveis”, explicou Fernando Dava, director-geral do ARPAC.
Aquele dirigente, reconhece haver preocupações que se prendem com o conhecimento da natureza artística-cultural da marrabenta, tanto é que, também há indicações de a marrabenta estar associada à promoção dos nossos valores entanto que, associados à consciência patriótica, o que aumenta a necessidade desta informação ser cientificamente elaborada para que seja preservada e divulgada de forma que as dúvidas em volta disso, sejam no mínimo reduzidas.
Com isto, a instituição espera harmonizar em larga medida, o leque de conhecimentos existentes em torno da marrabenta, mas o interesse imediato existente, é de criar campos de investigação, principalmente sobre a origem e evolução da marrabenta, as propriedades estéticas e a relação entre a marrabenta e outros estilos musicais.
“A nossa preocupação como instituição ligada ao Ministério da Cultura, é criar facilidades para que os estudos tenham lugar, e que as publicações aconteçam, por isso que, qualquer individuo que tenha estudos sobre a marrabenta ou qualquer manifestação sócio-cultural, e que queira publicar, o ARPAC está aberto para analisar e fazer a publicação. É este o caminho que nós consideramos de certa maneira o mais rápido para que as várias manifestações sócio-culturais moçambicanas sejam divulgadas”, disse.
Para Dava, o estudo sobre a marrabenta, estará pronto até ao próximo ano. Por outro lado, o ARPAC está empenhado na divulgação de informações existentes sobre o assunto, como é o caso da vida e obra de António Mariva ou simplesmente Fany Mpfumo, sendo que o que falta é uma publicação acabada sobre a marrabenta no seu todo.
Dava garante que dentro de 12 meses, será publicada uma obra sobre todos os processos que explicam a marrabenta, e na mesma altura, será organizado um seminário mais abrangente para a divulgação dos resultados da investigação.
Nesta investigação, o ARPAC pretende envolver historiadores, etnomusicólogos, artistas conceituados deste estilo musical, e outras fontes que tenham instrumentos que falem da Marrabenta, sendo que, o estudo completo poderá ficar pronto nos próximos 12 meses.
A origem e evolução da marrabenta
De acordo com o investigador João Vilanculos, acredita-se que, a marrabenta esteja ligada à migração de jovens oriundos das zonas rurais do país para a então cidade de Lourenço Marques, isso nas primeiras décadas do Século XX.
Constituiram factores determinates, o início da industrialização para responder ao crescimento da presença de colonos, o fluxo de mão-de-obra local e fracos investimentos na urbanização, que contribuíram muito na edificação de subúrbios pobres.
Perante às adversidades encontradas, as pessoas tiveram que se adaptar às condições sociais existentes e criando formas dinâmicas de sobrevivência. E sendo assim, Vilanculos serve-se da explicação do pensador Laraia (1996), sustentando que “o Homem é o único ser possuidor da cultura”, o que lhe facilita adaptar-se ao meio e estabelecer relações sociais com o outro.
Ainda justificando este fio de pensamento, entende-se que na antiga Lourenço Marques, foram estabelecidas fronteiras simbólicas entre categorias artificialmente construídas para marcar a diferença nos processos de exclusão social.
Segundo João Vilanculos, este aspecto encontra expressão nos novos bairros surgidos, com aglomerados populacionais sintentizando um pouco, toda a diversidade etnolínguística do país, como os casos dos bairros de Mafalala, Chamanculo, Chinhambanine, Maxaquene entre outros, que como centros de recepção, neles se desenvolveu a marrabenta.
Quanto à origem do nome, o investigador serviu-se por um lado, pela base sustentada pelo jornalista e escritor, Samuel Matusse, cuja referência indica que o nome marrabenta, surge provavelmente da ideia de vigor (rebentar) que a dança insere.
Por outro lado, o académico Rui Laranjeira citando Dilon Djindji e Moisés Manjate, refere que o nome marrabenta tem a ver com dançar até arrebentar, acrescentando que nas músicas gravadas na década quarenta, pode-se ouvir expressões como “rebenta fio, fulan”.
Vilanculos cita ainda o músico João Domingos, numa outra versão que refere o nome marrabenta, como o que provém de rebentar de cordas da viola, que ocorria frequentemente dado o vigor com que se executava o estilo.
Enquanto que o escritor José Craveirinha defendeu em 1969 que, o termo rebentar, sofreu a prefixação tsonga “ma”, para “marrabenta”, cuja dança caracteriza-se por uma vivacidade e forma erótica.
Sobre a origem do nome, o investigador conclui que, “o aspecto comum deste conceito é arrebentar, em alusão ao vigor da dança, que passou a designar este género musical”.
Relação entre marrabenta e outras expressões culturais
Falar da marrabenta no seu todo é quase que impossível, sem citar outras manifestações culturais, aliás, este constitui ponto de divergência na opinião pública, suscitando um outro debate, se a marrabenta é música ou dança.
João Vilanculos recorreu às ideias de Craveirinha nos artigos, “o folclore moçambicano e suas tendências” entre 1967 e 1999 que refere a marrabenta como resultado da regeneração das várias tradições culturais do Sul de Moçambique, e diz ainda que vários ritmos desta zona quase possuem o mesmo compasso.
“É neste contexto que se julga que a marrabenta tenha surgido, da fusão de diversas expressões culturais, tais como Xingombela, Majhika, Moda xikavalo, Xissaizani, Xiparatwani, incluindo outras manifestações artísticos culturais”.
“Com efeito, a marrabenta inclui para além das danças, movimentos eróticos como dzukuta, xitlhakula guinha e mais tarde a tsova”, conclui.
Aliado a isso a fonte refere que, nas zonas rurais, o cantar e o bater das palmas nos rituais das primícias, nas cerimónias de lobolo, nas cerimónias de nascimento, convívios familiares e de jovens, está subjacente o compasso e o rítmo que caracteriza a marrabenta.
Marrabenta como símbolo da identidade nacional
No evento promovido pela ARPAC, outro investigador que dissertou sobre este tema foi Marílio Wane, que de formação é etnomusicólogo, refereu-se dentre vários aspectos que dismistificam este estilo musical, do facto desta ter sido uma forma de resistência ao colonialismo português e como um símbolo de identidade dos moçambicanos, particularmente, referindo-se o que se passou a chamar Moçambique, como “país da marrabenta”.
Deste modo, Marílio Wane, entende, de acordo com as suas investigações, que a marrabenta teve maior ênfase a partir da exclusão social, uma vez ter havido separação de espaços de sociabilidade entre brancos e negros, denominados “indígenas” pela política de “assimilação” implementada pelo colonialismo português, na regulamentação do lazer entre permissões e restrições.
Nesse processo, podem destacar-se os movimentos como a Associação Africana, Centro Associativo dos Negros e o Brado Africano.
Por outro lado, o lazer e consciência patriótica através do desporto, bailes e cinema, este último, muito difundido através de projecções móveis e por outro lado, o papel importante na difusão da música marrabenta à escala nacional, pela Rádio Moçambique.
Artistas e estudiosos tentam chegar à razão
“Quando nasci já existia a marrabenta, Feliciano Mondlane, Eusébio Tamele e Francisco Mahecuane já tocavam isso. Agora não sei qual é a origem porque nasci dentro dela. Não sei quem é o seu fundador, mas isto deve-se ao facto de não ter havido material escrito sobre isso, daí que os jovens precisam se empenhar no sentido de, um dia termos isso registado para as próximas gerações”, frisou António Marcos.
“Para que este estilo musical seja preservado, é preciso que os jovens se envolvam e que tenham interesse em investigar e escrever. Mas ao contrário disso, os jovens não se aproximam aos mais velhos, e se assim o fizessem, não correríamos o risco de ver a marrabenta desaparecer”, prosseguiu.
“Por exemplo, eu trabalho com jovens. Os que tocam na banda que me acompanha, são jovens que se aproximaram para aprender, e assim a continuidade está garantida. Agora os que não se aproximam andam por aí”.
Luka Mucavel – etnomusicólogo
A marrabenta como uma expressão cultural de um povo é produto da sociedade, da vivência e da convivência entre vários grupos étnicos moçambicanos com influências de fora.
Luka Mukavel, contrariamente à opinião pública sobre o assunto, é cauteloso ao indicar o precursor da marrabenta, mas não se isenta.
“Tenho ouvido várias vezes que se toma Fany Mpfumo como referência, enfim, tinha que se pegar em um e se tornar referência, se calhar haveria outros. Mas também concordo com isso, até porque foi tornado doutor honoris causa, isso já é um símbolo”.
Por outro lado, justificou que outros nomes sonantes deste estilo musical, como Dilon Djindji, não deixam de ser importantes e estão marcados na história da marrabenta, pois “não há nenhuma casa que se construa com um pilar”, afirmou.
“Esta ligação entre a sociedade, académicos e fazedores da marrabenta, é muito importante para servir de testemunho, mas o que acontece actualmente, é que os artistas têm diferentes prioridades, mesmo dentro da própria música os fazedores escolhem diferentes estilos e outros se calhar não têm interesse de voltar para trás para alcançar o que precisam, pois têm as suas estratégias, as quais funcionam à sua maneira”.
“Nós africanos, não temos distinção sob música, som e dança. Costuma se dizer que, a dança é expressão corporal da música, portanto, é fazer música com o corpo. Nós fazemos o ritmo e este mesmo, usamos para dançar, por isso os contextos de música, incluem música e dança e vice-versa. Raramente temos um contexto em que assistimos música sem dança ou o contrário, tal como acontece na Europa, onde nos géneros de música contemporânea, as vezes há dança em silêncio, por isso que marrabenta é dança e música”, Concluiu.
Aliás, Luka Mucavele, quando deixou ficar sua opinião sobre as variantes da marrabenta, como o caso do Dzukuta, Pandza e outros ritmos incorporados pela juventude, considerou que “a marrabenta é uma simbiose desses estilos todos, e cada um vem com o seu estilo característico que melhor domina, e junta com os estilos dos outros, mas o que se passa na verdade, é que os povos do Sul de Moçambique, tem uma longa história comum, para além de que possuem uma mesma plataforma, que é o carácter bantu, e ainda uma relação genealógica que permite que os seus estilos musicais, que eu considero variações, se possam juntar de novo”.
“O processo de evolução é livre, não podemos ditar a valorização ou não do Pandza e outros estilos urbanos. A história é que vai ditar, o que fica e o que vai. Na cultura, muita coisa desaparece e muita permanece, mediante a sua capacidade de se integrar nos novos contextos, estes que também mudam”, disse.
Quem ainda opina sobre este assunto, é o jovem artista Moreira Chonguiça, saxofonista, quase que único artista jovem que marcou presença no workshop organizado pela ARPAC, para além da presença de um, dos integrantes do Kapa Dech.
Chonguiça disse ser preocupante o futuro da marrabenta, pois se até hoje, os debates predem-se nos inventores deste estilo musical que se aprova existir desde os anos 1930, “o que será daqui a mais vinte anos? Será que sempre que falarmos da marrabenta vamos ter sempre que parar nos que inventaram? É isto que me preocupa, é não avançamos. Para mim o futuro deste estilo musical é que me importa”.
Moreira Chonguiça faz uma análise comparativa doutros ritmos africanos que tem nome em todo mundo, “se formos a olhar para o kwaito, que é uma variação de ritmos tradicionais sul-africanos, é conhecido em todo o mundo. Mas e nós? Estamos preocupados em voltar para trás e nunca achamos uma resposta, por isso não exportamos. A música não pode ser uma coisa parada, mas sim deve ser dinâmica, sem deixarmos de firmar a nossa identidade, mas temos que acompanhar a evolução e as novas exigências mundiais”, Afirma.
“Na música não há inventores”
- Domingos Macamo, secretário-geral da AMMO
Por seu turno, o secretário-geral da Associação dos Músicos Moçambicanos (AMMO), Domingos Macamo, considera ser este, um debate ainda no princípio e que o seu destino está distante de ser alcançado. “Falar da marrabenta, é falar do percurso histórico duma das componentes da nossa música, isto é de um dos ritmos mais invocados”.
“Falta muita informação, muitos dados não estão escritos e algumas principais fontes orais já não estão entre nós, desapareceram, isto é, muitos artistas dos anos 30 e 40 já não existem. O que o ARPAC, a AMMO e outros intervenientes estão a tentar, é resgatar aquilo que se perdeu ao longo dos tempos, debatendo. Temos que ter coragem suficiente para discutirmos abertamente este assunto e ouvirmos divergentes opiniões”, acrescentou Domingos Macamo.
Macamo, concorda com a opinião tecida por vários artistas e musicólogos que consideram ser importante compreender a origem da marrabenta, do que se prender os debates nos seus inventores, pois “isso vai nos criar outros problemas, porque na música não há inventores. A música não é uma invenção: há quem inventou a roda, mas inventar a música, é difícil que isto seja propriedade individual. Isto será objecto de debates que passará de geração em geração”.
O secretário- geral da AMMO, dando nota positiva ao ARPAC pela organização do workshop, e considerando de importante a investigação em curso, disse que a falta de informação sistematizada sobre a marrabenta, cria um espaço para que haja factos desarticulados em que cada um, interpreta da sua maneira, e considera ser um defeito mau que tomou a classe.
“Nós não sistematizamos, não temos banco de dados, não aproveitámos pessoas em vida, para podermos ter informação concisa. Deixemos que cada um faça a sua especulação. Estamos no século XXI e, ainda andamos a discutir questões preliminares, é lamentável, mas esta é nossa realidade. Mas como nunca é tarde, ainda bem que já se iniciam auscultações e penso que não deviam terminar até efectivamente encontrarmos a verdadeira história da origem da marrabenta, evolução e seu futuro”.
Breve historial dos precursores da marrabenta
Não se conhecem os inventores da marrabenta. Mas ficou iminente durante o debate que, Fany Mpfumo e Dilon Djindji tiveram um importante papel para a popularização deste estilo musical.
Procuramos trazer a breve trecho, um breve perfil artístico destes artistas, que apear de ter se coroado Fany como o rei da marrabenta e doutor honoris causa, tem havido uma polémica sobre o papel doutro, que em algum momento se auto-intitulou rei da marrabenta, apesar de ter nascido depois de ela ter se tornado popular segundo constatações.
Dilon Djindji, músico moçambicano, nascido a 14 de Agosto de 1927, em Marracuene, há cerca de 30 km a Norte de Maputo, em Moçambique.
Nascido a 14 de Agosto de 1927 em Marracuene, província de Maputo, Dilon Djindi, manifestou desde cedo o gosto pela música, construiu, aos 12 anos, a sua própria guitarra, com apenas três cordas, a partir de uma lata de óleo. Três anos depois, teve a sua primeira guitarra, e com ela começou a tocar em casamentos e em festas particulares. Nessa altura, tocava os populares estilos musicais dzukuta e magika.
Em 1960, criou o seu próprio grupo de música, designado Estrela de Marracuene. Em 1964, actuou pela primeira vez na rádio, na estação Voz Africana, e gravou o seu primeiro álbum, Xiguindlana, decorria o ano de 1973, através da casa discográfica Produções 1001, na qual trabalhou como coordenador de produção. Em 1994, ganhou o Ngoma Moçambique, um concurso da Rádio Moçambique, na categoria de canção mais popular, com a música Juro Palavra d'Honra, Sinceramente Vou Morrer Assim, através da qual exprime as dificuldades em viver em Moçambique.
A partir de 2001, lançou a sua carreira, a nível internacional, como membro do grupo Mabulu. Naquele ano, actuou pela primeira vez fora de Moçambique, e demonstrou, apesar dos seus 74 anos, uma inesgotável energia e uma grande agilidade para a dança. Em 2002, gravou o seu primeiro trabalho internacional, a solo, num CD intitulado Dilon, no qual a marrabenta é apresentada de forma mais acústica e minimalista.
O seu repertório é constituído por canções sobre o amor e as relações humanas, como Maria Teresa, Angelina, Achiltanwana, Maria Rosa, Hilwe-Wa Santi, canções sobre Moçambique, das quais se destaca Sofala, Marracuene, e ainda canções sobre os problemas que afectam a sociedade do seu país, entre muitas outras. O seu trabalho musical tem influenciado vários artistas, tais como Alexandre Jafete, Eusébio Johan Tamele, Francisco Mahecuane e Alberto Langa. (extraído do portal da Plural Editores).
António Mariva, popularmente conhecido por Fany Mpfumo, nascido a 18 de Outubro de 1928, é considerado o rei da marrabenta e foi proclamado doutor honoris causa em 2008, 21 anos apos a sua morte.
De acordo com um documento produzido pelo ARPAC e Escola de Comunicação e Artes (ECA), a ocupação mais significativa de Fany Mpfumo, foi a música, que tomou praticamente toda a sua vida, cerca de 40 anos. Este artista usou no princípio da sua carreira, uma viola de lata e mais tarde com uma viola mais convencional, adquirida por um tio seu.
Nos finais da década de 1930, músicas da sua autoria eram escutadas nos subúrbios da cidade de Lourenco Marques, mas as aparições em palco, começam a registar-se pela primeira vez em 1944, por ocasião da inauguração do novo edifício do Centro Associativo dos Negros de Moçambique.
Em 1947 Fany Mpfumo emigra para a África do Sul, juntamente com um seu grande amigo. Sem demora, Fany embrenhou-se no mundo da música, conquistando rapidamente uma reputação invejável, sobretudo no seio de mineiros moçambicanos nos compounds. Na comunidade sul-africana de músicos, Fany desperta vivo interesse, especialmente por parte de renomeadas estrelas dos anos 1940 e 1950, como Miriam Makheba, Dorothi Massuku, Dolly Rathebe, entre outras.
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