Escritora Lília Momplé |
“Vivemos uma sociedade de negócios o “Busness Society”, onde o que vale é o medíocre e não desenvolvimento.” Justificou assim a escritora moçambicana Lília Momplé, o título “Fantoches de Aços” que dará ao seu próximo livro.
O centro cultural Brasil Moçambique em Maputo, acolheu na quarta-feira passada, uma palestra intitulada “ao encontro do escritor”, orado pela literata moçambicana, Lília Momplé, “a senhora da ficção realista”.
Ao encontro do escritor, é um projecto que visa juntar o escritor aos leitores, seus seguidores e amantes da arte da escrita, promovido pelo Movimento Literário Kuphaluxa, no âmbito da sua intervenção na divulgação da literatura moçambicana e criação de gosto pela leitura.
Na referida palestra, a escritora do dia, anunciou a vinda da sua próxima ficção literária, com o título “Fantoches de Aço” que vai retratar uma sociedade nova, que se vive em Moçambique, a que a escritora chamou de “Busness Society” ou simplesmente a sociedade de negócios.
“Nesta obra vai sair muitas verdades. É mais uma revelação de algo que me vai na alma, sobre os dias que vivemos. Onde as pessoas são insensíveis pelos negócios. Tudo eles fazem pelo dinheiro. Pobres que sofrem e só discursos políticos vazios. Só para fazer negócios. É o Busness Society que me refiro. Essa sociedade não é a verdadeira moçambicanidade, isso nos tira a identidade.”
Um dos tres livros da autora |
Lília Momplé, explicou o sentindo do título da obra.
“São Fantoches porque são; e são de Aço porque não tem piedade. No Busness Society o que vale é o medíocre e não o desenvolvimento.” Rematou.
Entre outras palavras ditas por Lília Momplé neste evento, respondendo a uma questão dos seus seguidores sobre o segredo para a nova geração de escritores que vai aprecendo, a mesma disse “que amem a literatura antes de querer ser escritor, porque só assim poderão ser os verdadeiros escritores. Eu não acredito em quem quer ser escritor, pois escrever tem que ser por força de alguma coisa. Uma emoção forte. Você é um enviado especial de algum sentimento. Mas se os jovens amarem a literatura, farão algo por ela e nessa convivência, podem ser escritores e dos bons escritores.”
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