segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Externato Cantinho do Céu em alvoroço


Encarregados furiosos com a direcção

Por Eduardo Quive


O externato Cantinho do Céu, na Matola, viveu um alvoroço na última sexta-feira, tudo porque a direcção da instituição toma decisões unilateralmente e “finta” encarregados de educação. Mas o problema principal incide-se no aumento de valor de propinas em 100%.

A realidade vivida na sexta-feira última, no bairro de Malhampsene, no município da Matola, foi anormal, à tranquilidade que se está habituada naquela zona.
Não é para menos, os pais e encarregados de educação de alunos afectos ao Externato Cantinho do Céu, reclamam irregularidades praticadas pela direcção da instituição, concretamente na pessoa da directora da escola, que já há dois meses “finta” aqueles educadores primários.
Pelo que o Escorpião apurou no local, os pais e encarregados, reivindicavam a presença de directora na reunião que, irresponsavelmente, foi marcada dentro de 24 horas, de maneiras não adequadas. A reunião, seria a primeira, depois de 2 meses de terem tentado, de forma individual, encontrar-se com a referida directora, que o nome não nos foi facultado.
“Temos várias preocupações: - primeiro não há comunicação entre a escola e os encarregados;
- segundo, a directora não se reúne connosco para nos ouvir, delegando pessoas que não tem poder de decisão;
- terceiro, a escola, decidiu fazer mudanças, sem nos ouvir nem dar a conhecer.”
Segundo estas fontes, a direcção da escola efectuou mudanças de horários, passando, o externato, a leccionar em dois turnos, sendo o primeiro para o horário das 08:00 ás 13:00 e o segundo parte das 13 ás 17 horas, contrariamente, ao horário único que era feito, das 08:00 ás 16 horas.
Não sendo acompanhadas, estas mudanças, da redução de custos das mensalidades e, muito pelo contrário, aumentou o valor das propinas, passando dos actuais 3.000 para 6.000 mil meticais, a partir do próximo ano lectivo e, como se não bastasse, neste valor, não se inclui o custo do transporte dos alunos. Para além de nos obrigar o valor correspondente ao mês de Novembro, não obstante, as aulas terem terminado.
Nesta mudança há uma outra irregularidade, que os encarregados constataram “no actual horário, pressupunha-se que as crianças tivessem três refeições por dia ou mais, mas com esta redução, as refeições serão reduzidas. Mesmo com este modelo actual, as crianças quando chegam em casa, contam-nos que não comem ou quando sim, a refeições tem sido mal preparadas.”
Os problemas não param por aqui, as condições de transporte dos alunos são desumanas, ou melhor, não obedecem a lotação dos veículos, sendo que as crianças viagem 7 a 10 crianças num acento que é feito para duas pessoas. Os encarregados contam que nalgumas vezes, as crianças são obrigadas a sentarem uma por cima da outra dentro do transporte escolar.

DIRECTORA E SUA CÚPULA DE SUBORDINADOS IGNORAM EQUIPA DO ESCORPIÃO

Para perceber este assunto, nossa equipa de reportagem, procurou confrontar as fontes, tendo na altura, tentado contactar a direcção da escola, tendo esta, por via de um guarda, impedido o nosso acesso ao interior do Externato e se recusado de prestar qualquer declaração.
Mas o nosso esforço não parou por aqui, tentamos, pelos números telefónicos (823769220, 823887136 e 845702253) disponíveis nos panfletos da instituição, mas as respostas eram as mesmas “…por favor, ligue mais tarde”, sendo que no fixo, o telefone gritava sem socorro.
Entretanto, as nossas fontes, informaram-nos sobre uma reunião que a direcção da escola marcou para o próximo dia 6 de Novembro, nas instalações do Externato em Malhampsene pelas 09:00, onde é esperada a presença da “fugitiva” directora.

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