Por Carlitos Cadangue - Chimoio
Uma equipa do Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público (CSMMP) órgão presidido pelo procurador-geral da República, Augusto Paulino, deslocou-se há dias à província central de Manica, para investigar e apurar a veracidade das informações/denúncias veiculadas pela imprensa sobre alegados desmandos e abuso do poder, supostamente protagonizados pelo respectivo procurador-chefe provincial de Manica, Agostinho Rututu.
Segundo apurou o Escorpião de fontes próximas da procuradoria provincial, a referida equipa que já terminou o seu trabalho na procuradoria de Manica há uma semana, constatou que, para além dos desmandos supostamente cometidos por Rututu, nomeadamente ditadura, falta de comunicação com os seus colegas, desrespeito às ordens da Procuradoria-Geral da República (PGR), desprezo aos subordinados, desde magistrados até funcionários, prática de actos de autoritarismo, tomada de decisões por emoção e sancionalismo, indiferença perante às preocupações dos seus colegas, existência também naquela instância de administração da Justiça, de suposto desvio dos fundos do Estado.
As fontes afiançaram a este semanário, que o desvio dos fundos é supostamente protagonizado pelo técnico de contas da procuradoria de Manica, Luís Florindo Semente, o qual também mereceu a devida atenção por parte da equipa de investigadores do CSMMP, que foi chefiada pela magistrada Graciete, e segundo referiram, medidas serão tomadas com vista a desencorajar futuros casos similares.
Espera-se segundo as nossas fontes, que os próximos dias poderão ser azedos para Rututu, pois o dossier do inquérito, já está a ser devidamente analisado com a devida atenção pelo CSMMP, que deverá decidir brevemente no âmbito das suas competências.
Contudo, caso se provem os factos relatados, a transferência ou exoneração de Agostinho Rututu que jurou falsamente servir fielmente o Estado e o povo moçambicano, bem como respeitar a Constituição da República de Moçambique que agora a pontapeia, poderá ser a medida mais adequada para se pôr cobro a desmandos protagonizados por um suspeito conhecedor das leis.
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