A Crónica
Eduardo Quive
Parece – me evidente e eficaz a marginalização e a vandalização da ordem e segurança pública, numa cidade (Maputo) em que tudo acontece ao contrário, o que se deve usar com maior cuidado, consciência, lucidez e responsabilidade, a arma, é usada como um simples latir de Cão.
Uma cidade, em que, aquilo que deve ficar no fundo e bem escondido do homem, a bala, sai sem que o próprio manejedor saiba como, simplesmente perde – se.
Vivemos, não há muito tempo, aliás, isso é habitual no nosso país, bandido que mata polícia, no meio do «ring», que ambos estão com instrumentos de defesa e ataque.
Outra coisa muito vulgar, são os ataques aos inocentes pelos polícias. Sempre que a polícia entra em acção o lesado nunca é o ladrão, é sempre um pobre quoitado que de nada sabe.
Bem, engulam-se os sapos, mas cá entre nós: até o Procurador Geral da República se esquece de mencionar estas situações, visto que isto não preecupa a elite.
E o pobre Chande que viu a tentativa de gozar o seu direito à Liberdade,instituido pela Constituição da República, deste mesmo Estado considerado de Direito, foi bárbaramente morto por um homem que se formou para a pátria lhe conferir o nobre dever de proteger o seu co-patriota.
E a triste família que não vira ainda, a justiça a se fazer presente, perante as evidências!
Ou a pistola é gerida por alguém ou não, por acaso a bala perde – se!?
«bala perdida» um lema que todo desavergonhado, sem ética proficional, usa para defender – se da justiça.
Até parece um hino que se entoa durante o treinamento: «bala perdida».
É irritante também de como a corporação está possuída e gerida por um sistema de cumplicidades, como se todos fossem compadres, padrinos e afilhados!
Se ainda pode – se esperar, de facto, a segurança e a ordem desta polícia, que não nos tragam o falecido, mas julguem e condenem o «perdedor de balas», para aprender que as balas não se perdem, já que as cadeias servem de um espaço de reflexão dos actos praticados sem medir a dimensão.
Julguem e condenem também os compadres, padrinhos e afilhados que lho ajudam a tapar o sol com agulha.
Chande : paz à sua alma
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