quarta-feira, 27 de julho de 2011

Reina insatisfação no sector da saúde

Por Eduardo Quive
Foto: Rogério Manhique
Baixos salários, o usufruto irregular de alguns direitos previstos sobre a ascensão na ocupação ou categoria, pagamento de bónus de rentabilidade e outras discrepâncias, colocam funcionários da saúde em total frustração.
O ministro da Saúde, Alexandre Manguele, deu as caras para assumir este problema que o sector que dirige enfrenta. Para além das razões já referidas, os técnicos da saúde, debatem-se ainda, com situações de trabalharem em zonas periféricas, cujo desenvolvimento sócio-económico é fraco.
A falta de escolas secundárias, pré-universitárias e técnico-profissionais para a continuação dos estudos para os funcionários e seu agregado familiar e a falta de condições mínimas de alojamento, foram apontados por Alexandre Manguele, como os que criam um êxodo na Saúde.
“A título elucidativo, nos últimos cinco anos foram formados 23 médicos com grau de mestrado em saúde pública, em igual período 14 abandonaram o Serviço Nacional de Saúde, o que corresponde a 56,5% de perdas”.
Perante estes factos, o ministro da Saúde, informou que foi desenhada uma estratégia para o fortalecimento e expansão de recursos humanos, através do chamado Plano Nacional de Desenvolvimento de Recursos Humanos da Saúde – 2008-2015 (PNDRHS).
Alexandre Manguele disse no âmbito da Reunião Consultiva sobre a Atracção e Retenção de Pessoal de Saúde, que neste momento, estão sendo implementadas algumas acções com vista a retenção do pessoal neste sector.
“O pagamento de incremento salarial para os médicos especialistas colocados fora de Maputo, pagamento de subsídio de urgência, intensificação de esforços para garantir a ascensão nas carreiras e ocupações, através de promoções, progressos e mudanças de carreira, ainda que de forma pouco abrangente”.   
O Ministério da Saúde, instituiu o kit de instalação para técnicos de níveis médio e básicos colocados em zonas periféricas, kit de apetrechamento de locais de acomodação para técnicos superiores colocados fora das capitais provinciais, premiação aos trabalhadores e subsídio.
Segundo o ministro, “estas medidas têm contribui em parte para ir ao encontro da problemática de retenção do pessoal no sector da Saúde, mas tem se mostrado pouco eficientes, visto que o número de funcionários que saem da saúde tende a crescer”.

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