Eduardo Quive - Maputo
Teve lugar ontem em Maputo, um evento de relançamento da obra Maria, do Poeta-mor moçambicano, José Craveirinha, o considerado poeta maior de Moçambique e distinguido Herói Nacional, pelo seu envolvimento para a libertação do País e integridade do negro, através da palavra.
O acto, encuadra-se nas celebrações do seu 89º aniversário do Nascimento do poeta, que se assinala no dia 28 de Maio.
O acto, encuadra-se nas celebrações do seu 89º aniversário do Nascimento do poeta, que se assinala no dia 28 de Maio.
José Craveirinha, considerado Poeta-maior de Moçambique |
Craveirinha, tal como Malangatana, fizera sua luta através da arte e exerceu um fundamental papel para a elevação do nome de Moçambique além fronteira e interco0nalizou-se com a sua poesia que é o exemplo da Negritude.
A morte o surpreendeu a seis de Fevereiro de 2003, vítima de doença e a daí, os seus restos mortais foram depositados da cripta da Praça dos Heróis Moçambicanos oficializando-se, igualmente, a elevação do Homem a Herói Nacional.
Entretanto, depois da sua morte, a família Craveirinha submeteu nos finais de 2007, uma escritura para a criação da Fundação José Craveirinha, com objectivo de preservar o seu legado que constitui um autêntico valor cultural do país e do mundo, para além de existirem vários documentos por conservar e que podem ser de domínio público.
Zeca Craveirinha, filho do Poeta – mor, falando no acto de Homenagem e relançamento da obra “Maria”, por sinal, a última obra que seu pai lançou e a mais importante, disse que a maior preocupação da família é a preservação do legado histórico de José Craveirinha através da criação duma fundação com o seu nome, uma proposta que está a mais de três anos nas mãos do governo.
“Quando lembro-me do meu pai, ele inspira-me para mais alguma coisa, mas a minha maior preocupação é andarmos para frente com coisas concretas e isso não estou a ver. Já devia existir a fundação José Craveirinha e porque é que não existe?”.
Para explicar a sua preocupação, Zeca Craverinha prosseguiu afirmando que “a família já submeteu os estatutos ao Ministério da Cultura mas a anos estamos a espera. É isso que me preocupa.”
Quando perguntado se as acções do governo para Homenagear José Craveirinha satisfazem a família, Zeca respondeu que “é insuficiente. Estou preocupado”.
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