quarta-feira, 20 de abril de 2011

Presidência Aberta e Inclusiva na província de Maputo: Guebuza confrontado com problemas de roubo de gado em Magude


Por Eduardo Quive
Foto: Rogério Manhique


No âmbito da presidência aberta e inclusiva, o Presidente da República, Armando Guebuza, visita, a província de Maputo, desde sexta-feira última
Armando Guebuza, escalou, os distritos de Magude e Marracuene, onde em comícios públicos, nas localidades de Chicutso e Nhongonhane, deu ouvido às principais inquietaçòes das populações locais.
Chicutso dista cerca de 100 quilómetros da vila sede do distrito de Magude, conta com um povoado composto por cerca de 919 habitantes, de acordo com o CENSO geral da população de 2007 e dentre vários problemas apontadas, destaca-se a falta de água potável, o conflito homem-fauna bravia, a falta de energia elétrica, e ainda a falta da rede de telefonia móvel.
A população local que mostrou-se satisfeita com a escolha daquela localidade para a visita presidencial, colocou estas preocupações ao Presidente da República, quixando-se igualmente do problema de roubo do gado e da invasão e consequente destruição de campos agrícolas por elefantes e leões que abundam naquele ponto da província de Maputo.
Armando Ubisse, foi um dos populares que se serviu do momento para denunciar alegados roubos e desmandos por parte da polícia local, no combate ao crime de roubo de gado.
“Há uma guerra que temos de vencer. Temos o problema de ladrões de gado. O governo nos oferece bois para a criação, mas há quem os rouba de noite. Os ladrões não nos deixam sossegados. Estamos a pedir que haja um trabalho conjunto entre a população e a polícia, pois em vários casos conseguimos pegar os ladrões e entregamo-os às autoridades, mas a polícia, meia volta, os solta. A polícia tinha que ouvir e colaborar com as populções. Os dirigentes locais que são a representação do Chefe de Estado, a nível local, quando polícia perde razão. Não sabemos onde iremos nos queixar porque quando o dirigente local vai ter com a polícia tinha que ser ouvido, para acabarmos com os ladrões, mas o que acontece é o contrário, eles desprezam o Presidente da República”, disse.
Por outro lado, as vias de acesso, tem trazido embaraços da vida económica da população nas localidades de Punguine, Kandissa, Duvana, Dumba, Ketxene, Chicutso, Madjangue, cujas compras para vários fins, fazem fora da província de Maputo, concretamente, em Chokwé, na província de Gaza.
“A estrada que parte de Moamba a Motasse, podia passar pela vila de Magude e custou muito dinheiro. Com isso podia se lutar contra a pobreza, porque aqui passarão turistas, um importante impulsionador do nosso comércio. Neste momento, quando temos um investimento, apenas compram os nativos de Magude e quando acaba o seu salário no fim do mês, não há negócio”, disse Arlindo, representante do sector económico da localidade, secundando ideias de outros cidadãos.
Enquanto isso, a população da localidade de Nhongonhane, no distrito de Marracuene, queixou-se da usurpação de terras por parte de cidadãos supostamente com poderes, para transporte e a construção de represas para o aumento da produção.
Por seu turno, Armando Guebuza, não dando as respostas das questões e preocupações levantadas, disse que dialogar com a população é importante para que se possa aprender desta para as melhores maneiras de governar o país.
O Presidente da República, reiterou que “temos que acabar com a pobreza para deixarmos de ser pedintes, temos que trabalhar para cabar com a pobreza, não podemos inventar coisas. Temos que falar de acções concretas. Assim, estaremos a mostrar o quanto pretendemos colmatar este mal que assola muitos moçambicanos” disse Armando Guebuza para depois acrescentar que “ não tenhamos medo de cultivar, vamos criar bois e vamos produzir comida e riqueza para nós mesmos. Comprem carros, os que não fazem nada vão questionar, pois essa é a sua tarefa, nós temos que trabalhar para não passarmos mal de fome”.

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