segunda-feira, 4 de abril de 2011

Maputo: Município proíbe venda de jornais na via pública


Uma brigada da Polícia Municipal da cidade de Maputo, recolheu vários jornais, à venda no passeio entre as avenidas 24 de Julho e Karl Marx, na semana passada. Segundo ficámos a saber de um dos ardinas daquela esquina, a acção da polícia municipal, teve lugar concretamente na terça-feira passada, onde se chegou a apreender vários jornais em circulação.

Armando Sitóe, responsável pelas vendas naquele local, disse não perceber a decisão das autoridades municipais, uma vez estar a exercer aquela actividade naquela esquina há muitos anos.
Sitóe, explicou que "a polícia chegou nesta esquina e disse que não tínhamos que vender jornais aqui, mas nós não entendemos porque essa ordem. Levámos os jornais e colocamos no chão, uma vez que disseram que não os queriam nas bancas, logo de seguida vieram de carro e levaram os jornais".
O ardina, mostrou-se indignado com a atitude da polícia, uma vez que em muitas esquinas vende-se jornais e não é só entre a 24 de Julho e Karl Marx.
"Afinal onde é que se deve vender jornais? O jornal é uma coisa para o povo e temos que colocar ao seu alcance. A Guerra Popular está cheia de vendedores que nem há passagem, mas eles vem tirar jornais aqui. Não sabemos o que se quer neste país", disse Armando Sitóe.
Por seu turno, Lázaro Valói, chefe do Departamento de Relações Públicas da Polícia Municipal de Maputo, justificou o facto, como parte da acção da polícia, que visa retirar vendedores em lugares impróprios.
No caso particular do ocorrido na terça-feira passada, onde a polícia apreendeu jornais, foi devido ao não licenciamento da actividade, por parte dos vendedores.
"A venda ambulante nesta cidade, é autorizada para qualquer actividade comercial, ao longo da via pública. Mas neste caso, trata-se de uma avenida protocolar e a venda desordenada é proibida. Mesmo assim, houve uma advertência no sentido de que, deviam  se retirar do espaço, todos os ambulantes que vendem em lugares fixos e outros. Não tendo se observada essa advertência, a polícia teve que agir coercivamente".
Valói, acrescentou que a medida será aplicada em outras avenidas protocolares da capital do país, como a Eduardo Mondlane, onde também se deu aviso previamente.

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