Por Eduardo Quive
Depois de ter vivido um 2010 cheio de realizações com passos curtos, mas seguros, um ano o movimento, procurou distinguir-se no seio dos moçambicanos como uma entidade de referência, no desenvolvimento da literatura moçambicana no seio dos novatos, e que não só, procura, igualmente, divulgar esta arte no país, o Movimento Literário Kuphaluxa procura abrir as suas portas prestando continências ao mestre Malangatana, homem de todas as artes.
No ano passado, por sinal o primeiro de existência do grupo, os jovens procuravam tornar-se presentes na esfera cultural nacional e dar uma voz de vivacidade para os amantes das letras que pouco tinham oportunidades para interagir.
Neste 2011, segundo deram-nos a conhecer, pretendem alargar o seu espaço de actuação, abrindo-se mais ao público e promovendo mais a literatura nas comunidades, através de vários eventos que poderão reunir maior número de jovens, sendo por isso, que vão unir a poesia, o teatro às danças tradicionais e a música, para exaltar a reunião das artes na capital.
Desta feita, o Kuphaluxa inicia esta maratona de eventos, que será igualmente, o regresso dos antigos e conhecidos Msahos (evento que era promovido pela Associação dos Escritores Moçambicanos, na década de 80 e 90 impulsionou a valorização das artes na cidade de Maputo e que juntava igualmente, apresentadores de televisão e políticos e a sociedade em geral no Jardim Tunduro) na cidade das acácias, onde pretendem juntar vários artistas e o público em geral, no antigo parque dos continuadores de Maputo, agora designado, Feira Internacional de Artesanato e Gastronomia de Maputo, numa parceria entre a entidade gestora desta infra-estrutura e o Movimento Literário Kuphaluxa.
Sendo assim, o primeiro evento está marcado para o próximo dia 12 de Fevereiro, e terá como foco principal a homenagem ao artista polivalente e pintor-mor, cuja supremacia verificava-se na literatura, Malangatana Valente Ngwenha, falecido no dia cinco de Janeiro deste ano.
“Malangatana, era um homem da arte, homem que pintava pessoas declamando com o seu pincel os poemas da moçambicanidade e de muita expressividade africana.
Os seus poemas serão recitados pelos integrantes do Movimento Literário Kuphaluxa ao longo do evento,” disse a comissão organizadora dos eventos.
Dentre várias presenças, conta-se com a participação de amigos íntimos do artista e muita juventude que vai bailar ao ritmo da sua poesia, pouco conhecida.
Kuphaluxa pretende gritar o poeta que era Malangata Valente Ngwenha, o considerado embondeiro das artes moçambicanas, que a sua morte foi um atentado contra as artes do país.
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