SETE mil pessoas poderão ser afectadas pela ocorrência de cheias na bacia do Limpopo, segundo o alerta lançado ontem pelo Centro Nacional Operativo de Emergência (CNOE). O mesmo cenário de cheias poderá registar-se noutras bacias do centro e sul, atendendo, sobretudo, às chuvas a montante e às contribuições dos principais tributários dentro do país.
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O alerta de cheias no Limpopo foi lançado após uma sessão extraordinária do CNOE realizada domingo último, na qual se concluiu que as chuvas moderadas a fortes (variando entre 30 e 50 milímetros em 24 horas) que têm estado a cair no sul e centro têm estado a contribuir para o aumento dos escoamentos nas principais bacias hidrográficas e seus afluentes.
Prevê-se que as bacias do Limpopo, Púngoè, Maputo e Incomáti se mantenham acima do alerta e com tendência para o aumento de escoamento, agravando o actual cenário hidrológico. O Umbelúzi, Búzi, Licungo, Zambeze e Lúrio poderão registar oscilações dos níveis hidrométricos, mas com tendência estacionária.
Neste sentido, as comunidades localizadas nas áreas de risco e que desenvolvem actividades agrícolas ou de pesca nas zonas baixas dos distritos de Chókwè, Chibuto, Guijá, Massingir e Xai-Xai são instadas a procurar lugares seguros, para além da retirada de maquinaria e outros meios agrícolas. As pessoas devem ainda evitar circular ou atravessar duma margem para a outra nas referidas zonas de risco.
Da análise feita, o CENOE concluiu que o rio Limpopo poderá atingir sete metros, contra os cinco que constituem o nível de alerta, durante os próximos dias. Com efeito, no domingo os níveis em Chókwè já estavam a 26 centímetros acima do alerta e com tendência a subir.
A Barragem de Massingir, sobre o rio dos Elefantes, passou a efectuar descargas na ordem de 1500 metros cúbicos por segundo desde domingo, podendo incrementar para cerca de 1800 caso não se verifique uma redução do volume das afluências na albufeira.
Como parte das medidas preventivas, foram já activados parcialmente os comités operativos de emergência e os comités locais de gestão de risco, ao mesmo tempo que se inicia com a movimentação e pré-posicionamento de meios materiais e humanos para atender a eventuais necessidades.
Quatro secções da Unidade Nacional de Protecção Civil já estão a ser posicionadas nesta bacia em Chókwè e Chilembene, equipadas com cinco barcos, incluindo uma lancha rápida de monitoria.
Prevê-se que as bacias do Limpopo, Púngoè, Maputo e Incomáti se mantenham acima do alerta e com tendência para o aumento de escoamento, agravando o actual cenário hidrológico. O Umbelúzi, Búzi, Licungo, Zambeze e Lúrio poderão registar oscilações dos níveis hidrométricos, mas com tendência estacionária.
O Director-Geral do INGC, João Ribeiro, em contacto com a nossa Reportagem, deu conta que continua a chover na região, por isso mesmo que se está a trabalhar com os países vizinhos para minimizar os possíveis impactos em território nacional. Tal passa por uma constante troca de informação sobre a evolução dos níveis dos rios e em particular das barragens que na maioria já estão saturadas.
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