OIT defende mais incentivos para trabalhadores
Por Eduardo Quive
Foto Rogerio Manhique
Por Eduardo Quive
Foto Rogerio Manhique
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o aumento da produção e produtividade, não cabe apenas a cultura de trabalho, mas a criação de pacotes de incentivos aos trabalhadores. Entretanto, considera que a campanha lançada sobre “diálogo social e cultura de trabalho”, constitui um avanço para melhoramento do ambiente de trabalho moçambicano.
A campanha Nacional sobre o “dialogo social e cultura de trabalho”, foi lançada no passado dia 11 de Novembro corrente, no Centro de Conferências Joaquim Chissano em Maputo, pelo Ministério de Trabalho, com a presença do Presidente da República Armando Guebuza.
Entretanto, para procurar saber sobre o sentimento dos diversos intervenientes a cerca da referida campanha, o Escorpião, recorreu a Organização Internacional do Trabalho, OIT e a Comissão de Mediação e Arbitragem Laboral, (COMAL), para junto destas duas instituições percebermos o papel de cada interveniente nesta campanha.
Salmina Merique da OIT, disse que a importância desta campanha, é de fazer com que haja mais diálogo e interacção entre os três níveis, nomeadamente, os empregadores, empregados e o governo.
Segundo Merique, o diálogo social sobre assuntos inerentes ao trabalhador, “temos uma tradição de dialogar sobre os assuntos de trabalho, se formos a ver as matérias que a Comissão Consultiva de Trabalho opera, os debates sobre o salário mínimo, a sua definição por sector de actividade. Recentemente tivemos a revisão da lei do trabalho. Entretanto, com esta campanha, pretendemos que os debates estejam a nível mais alto, porque reconhecemos que ainda existem irregularidades.”
“Há empresas que ainda não tem os sindicatos não estão formalmente autorizados e que usufruem, por exemplo, o direito a greve e de outras formas de reivindicações, o que está plasmado nas convenções que Moçambique assinou,” afirmou.
A mesma fonte, em relação a cultura de trabalho entende que como forma de aumentar a produção e produtividade, não basta dizer que, deve haver cultura de trabalho, mas, é necessário também se pensar nas medidas de incentivos aos trabalhadores de modo a sentirem-se motivados a produzirem.
“Temos que considerar muitos aspectos quando vamos discutir a questão da cultura de trabalho para aumento da produção e da produtividade. Não podemos nos centrar, por exemplo, no aumento de salário como chave para que mais se trabalhe, existem certas motivações que não passam necessariamente do salário, embora este seja também essencial”, referiu assegurando que, “será a missão desta campanha, discutir as outras formas de incentivo aos trabalhadores.”
“O empregador não pode decidir por si só em aumentar a produção sem acordo prévio com trabalhadores, por que nada se vai alcançar. Por outro lado, o governo estabelece que deve haver 8 horas de trabalho, das 7 e 30 as 15 e 30, mas será que isto se reflecte na produção? Será que todos os trabalhadores e empregadores compreendem isso?”
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