Quanto se gastou pelo “mês da juventude” na Matola?

Hélio Langa ainda se recusa revelar o montante

Por Eduardo Quive

Depois de não saber justificar o suposto mês da Juventude na Matola, o vereador para a área da Cultura, Juventude e Desportos, Hélio Langa, persiste em não dizer quanto dinheiro, o Conselho Municipal da Cidade da Matola, CMCM, despendeu para série de eventos que na prática todos sabem que não aconteceram.

No prosseguimento dos contornos do “forjado mês da juventude da Matola”, o Escorpião, voltou a todo custo procurando informar-se melhor sobre a quantidade de dinheiro que foi gasto, ou que ainda se aplica para sustentar um evento que pouco se faz sentir no ceio da juventude, como dissemos na edição passada.
Estranhamente, Hélio Langa, na entrevista que nos concedeu na edição passada deste jornal, chegou a mandar nos para perguntar ao porta-voz do CMC Matola, sobre o custo dos eventos do mês da juventude, depois de ter nos respondido várias questões como por exemplo o nível de abrangência do mês.
Entretanto, a nossa equipa de reportagem foi ao encontro do porta-voz da edilidade, Jaime Langa, que na altura, disse que “não fazia sentido” responder perguntas de uma entrevista já iniciada com uma outra pessoa. Para livrar-se p orta-voz disse “além de tratar-se de actividade inerente a sua vereação, a pessoa que vos deu a entrevista, fez como um representante do município”.
Sendo assim, na semana passada voltamos a insistir no mesmo assunto, e isso parece ter irritado bastante ao Hélio Langa, a ponto de apelidar o nosso jornalismo de “agressivo e difamatório”, e como se não bastasse, numa visível metodologia de nos fintar mais uma vez, mandou-nos contactar novamente o porta-vos da edilidade para que nos desse a informação sobre os custos.
O porta-vos do município, na entrevista telefónica cedida na manhã do sábado daquela semana disse: “vocês não acham que é estranho entrevistarem alguém e quando chegam a uma determinada pergunta evitar responder e de repente mandar vos entrevistar uma outra pessoa?
É Ele é o vereador da área da Cultura, Juventude e Desportos. Ele é quem sabe melhor sobre o assunto, pois, o facto de ser eu o porta-voz da edilidade, não implica saber tudo o que se passa em todas as vereações.” Estávamos a citar palavras de Jaime Langa, porta-voz do Conselho Municipal da Cidade da Matola, proferidas no sábado dia 16 de Outubro, por volta das 9 horas num contacto telefónico.
Verdade ou não, o facto é que parece haver alguma coisa não está sendo transparente no orçamento do suposto mês da juventude, depois de termos provado, que o grau de execução das actividades programadas, que vão desde os debates, roadshows, actividades desportivas, concursos, foram aquém do desejado.
Entretanto, fonte anónima, ligada a vereação em alusão, fez conhecer ao nosso jornal que o valor disponibilizado pelo município, não ultrapassa os 100 mil meticais, sendo por isso, “um pouco absurdo que o vereador diga isto ao jornal”. A mesma fonte, disse que as actividades realizadas eram a carácter relâmpago, sendo que era impossível que os jovens participassem activamente e muito menos havia condições criadas para que o tal mês acontecesse.
Contudo, continua a ficção de que existe o mês da juventude na Matola e o mesmo aconteceu com “muito sucesso”, mas o valor que está por de trás disso tudo ninguém se aceita revelar.