O caso foi exposto à governadora da província de Maputo, Maria Jonas, que na altura não teve resposta para resolver este embaraço, que vem apoquentando os funcionários daquela delegação que conta apenas com 11 funcionários, dos 54 precisados.
Por Eduardo Quive
A governadora da província de Maputo, Maria Elias Jonas, visitou na segunda-feira última, a delegação provincial de Ciência e Tecnologia de Maputo, afim de inteirar-se do funcionamento, das dificuldades, dos projectos e de outros factos que constituem o quotidiano daquela instituição.
Na sua dissertação, o delegado daquela instituição, fez a menção destacada da dívida que existe na sua instituição, inerente às ajudas de custos, que vão para mais de 200 mil meticais.
Este problema alarmou a governadora da província, que nenhuma solução tem em vista, perante o problema. Depois da deliberação do governo central de cortar as ajudas de custos aos funcionários públicos, a mesma governadora, terá dito ao nosso jornal que “os funcionários públicos não devem trabalhar na base de ajudas de custos, pois eles tem salário que auferem no fim do mês”.
Entretanto, Domingos Uchavo, delegado provincial de Ciência e Tecnologia de Maputo, em entrevista ao Escorpião, disse nos seguintes termos: “temos uma dívida com os nossos funcionários e para sanarmos a mesma, estava previsto no nosso orçamento um valor de mais de 200 mil meticais destinado para liquidação desta dívida de ajuda de custos, mas até ao momento, ainda não conseguimos. Porém, existe uma cobertura orçamental para esse problema, mas ainda estamos a espera do desembolso”.
Despoletado o problema, é altura de achar solução, esta que segundo o nosso entrevistado, está muito longe de se alcançar, não obstante, estarem em curso acções que visam colmatar este embaraço.
“O ano está a findar, mas o processo de liquidações das requisições, pode se fazer em qualquer altura, prevemos que seja em Novembro ou Dezembro, acreditamos que com a nossa cobertura orçamental, podemos acabar com isto.” Disse Uchavo.
Os problemas nesta delegação não param por aqui, há falta de funcionários, pois, os números que existem, estão fora da realidade desejada. Dos 54 funcionários que a instituição carece, existem apenas 11 a trabalhar.
Por outro lado, a precariedade de infra-estruturas em que funciona a delegação, e o espaço em si, pois no mesmo edifício funcionam três instituições governamentais.
A falta de meios de transporte para a deslocação de técnicos ao terreno é igualmente um dilema que desassossega a instituição.
Finanças desconhecem o caso
Em contacto telefónico com o director provincial do Plano e Finanças de Maputo, Eugénio Simbine, disse desconhecer este assunto e disse mais que cabe a instituição a nível interno accionar mecanismos para resolver este problema.
Segundo Simbine, “ as ajudas de custos são da responsabilidade da instituição, mas para sabermos o que fazer, temos que perceber o que está por detrás desta dívida e sobre tudo como é que se chega a este ponto.”
Por outro lado, procuramos saber se as medidas de contenção de custos tomadas pelo governo não perigam o pagamento desta dívida que, de certeza faz diferença na vida dos funcionários daquela instituição.
“Precisamos de ver o dossier que fala disso, temos que saber desde quando existe esta dívida e de que forma foi contraída. Portanto, não posso dar uma resposta conclusiva neste momento.” Disse.
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