sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Escolas técnicas não devem depender do Orçamento do Estado


Por Eduardo Quive
Foto por Rogério Manhique
Zeferino Martins, Ministro da Educação

Zeferino Martins fez este pronunciamento aquando da entrega de material ao Instituto Agrário de Boane, na província de Maputo.
“Vamos substituir o orçamento oferecido pelo estado às escolas técnicas, com a capacidade destas poderem criar os seus próprios fundos, através da produção interna. Por isso que intensificámos as requalificações dos currículos, e isso será feito sempre que se notar o atraso por parte das instituições do ensino, em relação as exigências do sector produtivo.” Disse o ministro.
O Instituto Agrário de Boane (IAB), beneficiou-se de um tractor com as respectivas alfaias e uma viatura, oferecidas pelo Ministério da Educação, através do Fundo de Desenvolvimento de Competências (FUNDEC). Com o material orçado em 4 milhões de meticais pretende-se concretizar o plano de requalificação do ensino técnico, dando prosseguimento às acções das reformas levadas a cabo pelo Programa Integrado da Reforma de Educação Profissional (PIREP).
Segundo o ministro da Educação, Zeferino Martins, o que se pretende com o apetrechamento para esta área de ensino, é formar técnicos para satisfazer as exigências do mercado de emprego, e deixar este ensino ao nível das exigências e igualdades na SADC.
Zeferino Martins explicou que as qualificações do sector agrícola no País, foram submetidas em função das exigências de empresas desta área, universidades e técnicos.
“Assim, a empregabilidade dos quadros será maior porque o sector produtivo participou na elaboração. O conhecimento e a tecnologia são fundamentais para a eliminação da pobreza”
O ministro disse ainda que o Instituto Agrário de Boane (IAB) tem uma responsabilidade provincial e até nacional para o fornecimento de quadros de qualidade ao sector produtivo. Neste contexto, não só o IAB, mas as outras instituições técnicas devem ter capacidade própria de orçamento.
Por seu turno, o director do IAB, José Tuia, disse que, o material entregue vai permitir que se dê um salto qualitativo no ensino agrário, não só nas aulas, mas também na produção.
Tuia, disse que a instituição que dirige tem 300 estudantes, e a média dos graduados por ano é de 90. O instituto, tem dentre vários departamentos, um laboratório, 11 salas de aulas e uma área de 25 hectares, que permite a aposta em produções diversas, desde a agricultura e a pecuária.
O tractor e as alfaias ora entregues pelo ministro da Educação, vão dar um reforço para mais produção a nível interno. 

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