Antes não dera nenhum comentário sobre a possível integração de Moçambique, no novo Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa, uma decisão que pode custar cerca de 111 milhões de dólares ao governo moçambicano.
De facto, quanto a mim, a unificação da língua e das suas variantes interessa os seus falantes, principalmente na hera em que o mundo está a unir os seus bocados e os países abriram as suas fronteiras para outros povos.
Tem sido difícil a comunicação entre as comunidades lusófonas com os excessos e escassez que uns tem sob a Língua Portuguesa, onde cada pais vai adaptando a sua língua e forma de expressão ao seu gosto, motivado pela falta de directivas e orientações únicas para todos.
Nos solos Moçambicanos, temos sido seguidores do Português Europeu. Seja por uma simples herança, seja por razões de prevenção de prováveis conflitos étnicos por falta de uma língua nacional e unificadora ou mesmo por uma razão estratégica de fácil integração no mundo.
Justifica-se esta abordagem, pelo facto de até hoje, 36 anos depois da independência, a mesma altura em que o Português passou a designar língua oficial de expressão em Moçambique, são até ao momento cerca de menos de 10 milhões de moçambicanos que sabem se expressar na Língua Portuguesa.
Nem por isso, sabe-se de antemão, que bem antes da independência a Língua Portuguesa já se falava, isto por imposição do colono e por outro lado, pela necessidade de compreender a língua que o opressor falava de modo a entender a sua estratégia e adquirir forma de livrar-se de si.
Mas este percurso histórico não é o destino da nossa opinião. O que pretendemos é dizer que antes mesmo de se pensar na ratificação do Acordo Ortográfico, deve-se pensar e analisar as questões que até se parecem simples pormenores, entretanto, são de elevada importância.
Que não olhe-se apenas pelo lado financeiro da “coisa” mas pelo lado prático: Poderá Moçambique conseguir integrar-se facilmente na mudança de ortografia?
Quando falamos aqui de Moçambique, referi-mos aos moçambicanos. Falo de cerca de 22 milhões de pessoas. Divididas em 32 línguas e variantes alistadas.
Em fim, este debate sobre a unificação da Língua Portuguesa penso que é importante, mas carece duma cautela quando se trata de tomar decisões e deve se ter em conta os métodos de aplicação de tais metodologias necessárias para que seja possível o projecto.
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