Dança Tradicional chamada Makuayela |
Por Eduardo Quive
Foto: Rogério Manhique
Província de Maputo, uma terra que se exalta com os valores culturais, que transcendem as fronteiras. Valores que identificam um povo misterioso, cujo perfil de origem se estende por outros países.
A cultura caracterizou o ambiente da visita presidencial na província de Maputo, terra do Xigubo, Makwayela, Ngalanga, Limbondo, Tchongolo e outros perís que surgem como mistura de culturas de povos diferentes.
Em Magunde, revelou-se a força do Xigubo e do Chissaizana, danças rítmicas acompanhadas de melodias de vozes da “revolta”, da guerra, da força e da vitória, aspectos que hoje se exaltam com a orgulho dos tempos passados.
Matsequenha, abrilhantou a visita presidencial com o Xigubo, uma dança que identifica a província, embora tenha uma origem partilhada com o povo Suázi e Sul-africano, com escudos, peles de animais e outros instrumentos que simbolizam a luta e defesa.
Aliás, a localidade de Matsequenha tem fortes influências da vida da África do Sul, até no modo de vida dos cidadãos, à semelhança de Catuane, no distrito de Matutuíne.
Em conversa que tivemos com Mazolo Nkumbuza, chefe do Grupo Cultural Sol Quente de Porto Henrique, ficámos a saber que este grupo, que faz o Xigubo desde 1997, tem a sua experiência na Suazilândia e participa em grandes cerimónias a nível local, tendo ainda já concorrido ao Festival Nacional de Cultura.
Dança Xigubo |
Já em Siduava, a adrenalina foi maior. No espírito das artes da Matola, assistiu-se ao show do grupo de Makwayela, Paz no Mundo, agremiação que mereceu no ano passado o selo “Made in Mozambique”, depois de ter participado no Festival Nacional da Cultura por várias edições.
Por outro lado, desfilou a Companhia Municipal de Canto e Dança, também, exibindo o melhor do melhor que a Matola tem da dança tradicional.
Em coreografias onde se misturou o Ngalanga de origem Chopi, crianças e adolescentes bailaram ao ritmo de batuques e vozes do além. Foi um autêntico baile da tradição, que contou com a constante aplauso do público.
Este feito, foi também reconhecido pelo Presidente da República que disse em diferentes ocasiões, ser a cultura, uma identidade e a força mais expressiva da unidade num povo.
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