Padre Filipe Couto e Firmino Mucavele, duas figuras sobejamente conhecidas na sociedade moçambicana e não só, foram alvos de enxovalho pesado no decurso do Conselho Universitário Extraordinário da UEM, no qual pretendia-se eleger os primeiros três mais votados pelos membros daquele órgão que é composto por cerca de três dezenas de membros. Firmino Mucavele ficou envergonhado com a pesada derrota eleitoral, ao ser confiado por apenas um membro do conselho com direito a voto, sendo o segundo pertencente a si mesmo. O Padre Filipe Couto, coube-lhe a “sorte” de passar por maus momentos de relacionamento com os participantes quando até tentou atrasar o envio da lista dos mais votados acompanhada dos respectivos perfis ao gabinete de trabalho do Presidente da República que pelo que tudo indica já estava esperando.
Informações de fontes seguras ao encontro, dão conta de que, durante a realização do Conselho Universitário Extraordinário da UEM, ficou claro que muitos académicos já estão saturados com a cara do Padre Filipe Couto, a tal ponto que chegou a não haver falta de respeito por questões de ética, mas as intervenções dos académicos ali presentes por si só demonstravam que Couto, de facto já não tem poderes naquela que é a maior e mais antiga universidade do país.
Por exemplo, segundo mesmas fontes, depois do processo de eleição realizado, no qual Quilambo foi o mais votado com 24 votos, Filipe Couto tentou sem sucesso atrasar o envio da lista à Presidência da Republica, para os três mais votados nomeadamente: Orlando Quilambo (24), Ana Mondlane (18) e Louis Pelembe (16), alegadamente por, tratar-se de uma sexta-feira Santa.
A alegação do Padre Couto, foi prontamente recusada pelos restantes participantes que entendiam que segunda-feira, dia proposto pelo Padre, ficava muito longe, pois a orientação para a realização do Conselho Universitário Extraordinário veio da Presidência da República e com nota de extrema urgência. Perante insistências dos participantes com direito a voto, Filipe Couto, viu-se obrigado a estabelecer uma chamada telefónica ao mais alto nível para justificar que a sessão extraordinária do Conselho Universitário havia terminado relativamente tarde quando eram ainda cerca das 18 horas.
Para sua infelicidade e satisfação da maioria interessada com o envio dos resultados ao gabinete de trabalho do Presidente da Republica, a resposta dava orientação da necessidade de envio dos resultados no mesmo dia e em pouco tempo.
Este cenário segundo nossas fontes deixou cabisbaixo o ex. - reitor da UEM perante académicos que até num passado recente ele os dirigia.
Firmino Mucavael, confiança política não contou nas eleições
A maior surpresa foi o resultado conseguido por Firmino Mucavele, com uma margem de 2 votos, o que significa que teve apenas a confiança de um dos votantes e o segundo voto naturalmente foi dele próprio. Firmino Mucavele, é uma figura sobejamente reconhecida a nível político e económico, tendo já dirigido durante alguns anos a NEPAD, missão que terminou em 2007.
Mucavele, é uma figura de confiança política do partido Frelimo e que, actualmente dentre várias funções que desempenha destaca-se, a de assessor político pela bancada parlamentar da Frelimo na Assembleia da Republica.
As fontes reconhecem que Mucavele, estava longe de ser o mais votado mas, a sua popularidade, podia garantir mais votos em relação aos que obteve. Ele ficou em último lugar em termos de confiança dos membros do Conselho Universitário e a sua frente esteve Armindo Ngunga actual presidente do Conselho Superior de Comunicação Social.
Recorde-se que o Conselho Universitário da UEM é composto por cerca de três dezenas de membros, entre eles alguns ocupam o lugar por inerência de funções e, outros tantos provêem de diversas áreas por eleição.
Com a eleição dos três mais votados da lista dos cinco e posteriormente envio ao gabinete de trabalho do Presidente da República, estão criadas as condições para a indicação a qualquer momento do novo reitor da UEM, em substituição ao Padre Filipe Couto, que não vai se recandidatar para a sua própria sucessão.
No entanto caso o PR dentro das suas competências, entenda que o futuro reitor da UEM venha sair dos três mais votados e atendendo o número de votos de confiança que os membros do Conselho depositaram, então poderá ser anunciada a figura de Orlando Quilambo para o cargo de próximo reitor da UEM.
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