O Festival de Marrabenta que arrancou no último final de semana nas cidades de Maputo e Matola com espectáculos que arrastaram multidões, com actuação dos artistas mais populares deste estilo musical e dos mais jovens, continua nesta semana com destino a província de Gaza.
Figuras como Professor Orlando da Conceição e Ernesto Ndzevo (o popular Ximanganine) e uma série de outros músicos, acompanhados pela banda Nanando, vão oferecer um espectáculo gratuito, onde a marrabenta será acoplada a outros ritmos musicais, entre acústicos, clássicos e do jazz.
Entretanto, parte das receitas do concerto de abertura (realizado na sexta-feira passada) reverteram-se a favor de Alberto Mhula, músico que se encontra hospitalizado em virtude de ter sofrido um acidente de viação. O mesmo valor servirá para os seus cuidados médicos e outras despesas. Esta acção surge em reconhecimento à sua trajectória e contributo para a edificação da marrabenta como estilo musical moçambicano de referência, que já é património cultural.
“Marrabenta Moçambique – O Festival da Continuidade” é o lema desta quarta edição, na qual participam artistas populares de gabarito como António Marcos, Alberto Mutcheca, Ernesto Ndzevo, Hortêncio Langa, Wazimbo, Dilon Djindji, Xidimingwana, Costa Neto, Victor Bernardo, aos mais novos e talentosos Cheny, Azagaia, Neyma e DJ Ardiles.
Em diferentes locais estão a decorrer encontros e oficinas de música, reunindo outras sensibilidades artísticas e reflectindo sobre o estágio da música marrabenta e de outras expressões culturais em Moçambique.
Por exemplo, o Centro Cultural Municipal Ntsyndza acolheu na tarde do domingo último, um debate subordinado ao tema “Passado, Presente e Futuro da Marrabenta”. Os intervenientes serão produtores, músicos e bailarinos e contará com a presença da Orquestra Djambo e o jovem Simba.
Este evento será levado também para outros pontos do país, como o distrito de Marracuene, em Matalana, em homenagem ao embondeiro das artes, Malangatana Ngwenha, com o destino às cidades de Chibuto e Chókwè, em Gaza, onde a caravana chegará no dia seis de Fevereiro.
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