segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Embaixada norte-americana não aponta Moçambique

Segundo informações tornadas públicas pela imprensa a nível internacional, representações diplomáticas e de negócios de um grupo de 16 países africanos, incluindo Angola, Cabo Verde e Moçambique, têm as suas contas bancárias congeladas nos Estados Unidos da América. Entretanto, a embaixada dos EUA em Maputo não confirma o facto.

Por Eduardo Quive

Segundo a BBC e a Agência Bloomberg, citando fontes oficiais dos EUA, informaram que as restrições foram impostas pelo Bank of America e por outros grandes bancos comerciais também dos EUA, e abrangem 16 países africanos e outros tantos de outras regiões do mundo.
Embora não se conheça a lista dos outros países também afectados, se diz que a medida atinge no total 36 países incluindo Angola, Moçambique e Cabo Verde, Mauritânia, Malawi, Guiné Equatorial, República Democrática do Congo, Suazilândia, República Centro Africana, Gâmbia, Lesotho, Serra Leoa, Burundi, Congo Brazivil, Madagáscar e Namíbia.
As agências de notícias especificam que as fontes governamentais citadas, e de outros sectores pediram para não serem identificadas devido aos problemas diplomáticos que esta situação está a gerar.
Ainda sobre o mesmo assunto, a VOA News, avançou alguma informação referindo que as contas afectadas pertencem ao 36 países, 16 deles africanos, referenciados pelo Grupo de Trabalho de Acção Financeira. Trata-se de um organismo internacional criado no âmbito da ONU, para combater o branqueamento de capitais e o financiamento ao terrorismo e promover a transparência bancária.

Embaixada dos EUA não fala de Moçambique

Em relação ao assunto, a embaixadora dos Estados Unidos da América em Maputo, Leslie Rowe, disse que o Estado norte-americano, está a cuidar do caso numa preocupação com vista resolver este problema mesmo havendo pouca informação a respeito do assunto.
Segundo informação dada por Tobias Brodford, adido de imprensa e cultura da embaixada, os bancos deste país são totalmente privados, cabendo aos mesmos fazer o controlo da gestão bancária e das contas sem a intervenção do Estado.
Brodford acrescentou que os bancos cumprem com regulamentos nacionais e internacionais que tem haver com financiamentos de actividades de terrorismo, branqueamento, lavagem de dinheiro e outros aspectos de segurança nacional e do sistema financeiro do país.
“Estas instituições bancárias tomam decisões sobre os seus clientes baseando-se na gestão de riscos que cada um apresenta e quando eles vê uma actividade que seja de risco vão fazer a sua própria decisão de ficar com um cliente ou não.”
Entretanto, a mesma fonte comentou que “os EUA entendem a importância das missões diplomáticas por isso já estão em diálogo com os bancos para explicarem essa importância e para ver se outros bancos privados estão dispostos a adoptar esses clientes que neste momento não tem serviços disponíveis.”
Convidado a revelar as causas dos bloqueamentos das contas, Tobias Brodford, disse que é impossível comentar sobre as causas deste problema, tratando-se de uma decisão privada de um banco. “Só o banco pode comentar sobre questões específicas”, disse acrescentando que, “de um modo geral, este problema pode estar aliado ao uso de contas privadas para assuntos oficiais; retiro frequente de grandes quantias de dinheiro em curto períodos pode criar uma situação de desconfiança no seio dos bancos.”
Refira-se que as autoridades moçambicanas ainda não teceram nenhum comentário sobre o assunto.

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