sábado, 2 de outubro de 2010
Mortes no Congo 'podem ser genocídeo'
Seis nações africanas foram acusadas de atrocidades no Congo
Um relatório das Nações Unidas sobre mais de uma década de violência na República Democrática do Congo diz que as forças do Ruanda tomaram parte em ataques deliberados contra civis hutu que - se forem provados em tribunal - poderão constituir genocídio.
bbcparaarfica
O relatório especifica que as mortes de dezenas de milhares de pessoas foram sistemáticas, premeditadas e generalizadas e não apenas baixas involuntariamente infligidas em combate.
O relatório acusa outras cinco nações africanas - o Uganda, o Burundi, Angola, o Zimbabwe e o Chade - de terem estado envolvidas em atrociadades e chacinas contra civis hutu entre 1993 e 2003.
O relatório das Nações Unidas recomenda que o Governo congolês procure maneiras de julgar os perpetradores dos crimes e de dar apoio aos sobreviventes.
O embaixador da República Democrática do Congo nas Nações Unidas, Atoki Ileka, especificou à BBC o que é que o relatório significado enorme para o seu país porque sete relatório veio confirmar a escala do sofrimento do povo congolês.
"Achamos que este relatório, tendo sido agora publicado, representa um primeiro passo para a justiça para os milhões de congoleses que morreram directa ou indirectamente por causa da guerra e para as milhares de mulheres e crianças que continuaram a ser violadas em consequência dessa guerra".
Por seu turno o Rwanda, Ernest Rwamucho, declarou que o relatório era perigoso e um insulto à História. O embaixador ruandês no Reino Unido chegou mesmo a denunciar o documento como um acto de manipulação.
"Não acho que as razões subjacentes a este ralatório tenham a ver com a justiça. Se assim fosse, a investigação teria sido feita de um modo justo e transparente. Os países e indivíduos mencionados não foram consultados e desconhecemos quem testemunhou. Há muita manipulação!".
O Uganda, que já tinha igualmente manifestado indignação com o relatório, assegurou no entanto as Nações Unidas de que iria continuar a participar nas missões de paz em África.
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