terça-feira, 12 de outubro de 2010

Protestos provocam mexidas no excutivo moçambicano

Importantes mexidas no Governo, um mês depois dos protestos contra custo de vida

Em Moçambique, os ministros do Interior, da Saúde, da Agricultura e da Indústria e Comércio foram exonerados das suas funções pelo Presidente Armando Guebuza.

BBC África

O destaque vai, contudo, para o afastamento do ministro do Interior, José Pacheco, que foi fortemente criticado pela forma como a polícia respondeu aos protestos contra a subida do custo de vida, no mês passado. Na altura pelo menos 13 pessoas foram mortas.
"O pretexto desta mexida é claramente o 1 de Setembro, as manifestações do dia 1 de Setembro", disse à BBC o jornalista e comentador político Fernando Lima.
Além da má imagem que José Pacheco cultivou no seu ministério durante os protestos, Fernando Lima considera que "a percepção de que ele é um potencial candidato presidencial" suscitou também o desagrado de sectores adversários.
O ex-ministro do Interior transita para o Ministério da Agricultura. E para o seu antigo lugar foi nomeado António Mondlane, oriundo da Academia de Ciências Políciais.

Outras saídas

Outra das mexidas bastante discutida é a saída de Ivo Garrido do Ministério da Saúde.
Ivo Garrido chegou a ser descrito como um dos principais trunfos eleitorais do partido no poder, aquando das últimas eleições.
Mas para o jornalista e comentador Fernando Lima, o agora ex-ministro foi prejudicado pelo relacionamento que mantinha com "a classe médica, assim como os doadores de que depende o Ministério".
Ivo Garrido vai ser substituído por Alexandre Manguel, quadro do mesmo gabinete.
No caso da pasta da Indústria e Comércio, António Fernando foi substituído por Armando Inroga, que tem estado à frente da Associação Moçambicana dos Economistas.

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