sábado, 18 de setembro de 2010

Mukwarura conta a estória do Nykakwe a reforma da prostituta

por Eduardo Quive

Depois das obras dos escritores Paulina Chiziane, em O Sétimo Juramento, Raul Honwana, Histórias ouvidas e vividas dos homens e da terra, Noémia de Sousa, Sangue Negro e Ricardo Rangel em Prostitutas assaltam instituições públicas, entre outros escritores, Mukwarura, vem do Norte do país, concretamente da cidade de Lichinga, para com as suas próprias mãos pôr à disposição do mundo o seu primeiro filho literário.

Lançada na última segunda-feira em Maputo, Nykakwe a reforma da prostituta, é uma obra em prosa que fala, essencialmente, da prostituição e das respectivas prostitutas num contesto que se adapta a realidade vivida, um pouco pelo todo país, e porquê não, pelo mundo inteiro.

O jovem escritor, inspirado pelo Sétimo Juramento de Paulina Chiziane, decidiu expor a sua experiência as mãos dos moçambicanos, como forma de dar o seu contributo para o desenvolvimento da literatura e referiu ainda que esta é apenas uma parte daquilo que o mundo vive e não tudo, desafiando a si mesmo e aos outros escritores a abarcar o desafio de acrescentar o que está em falta, que na sua opinião é bastante, para contar mais estórias sobre as mulheres dos prazeres.
Esta obra, antes de vir ao público em forma de prosa, fez parte da antologia Esperança e Certeza, constituída por jovens escritores de diversos pontos do país, sob a sanchela da AEMO.
A reforma da prostituta, passou ainda pelo prémio FUNDAC do ano passado, antes de se entregar ao mundo, tendo conquistado o segundo lugar, o que motivou ao autor a publica-la em forma de livro, com a monitoria da Associação dos Escritores Moçambicanos
Para decifrar alguns mistérios que estão por de trás da realidade da obra o autor disse “ quem escreve esta obra é um espírito de uma mulher que entrou em mim. Ela conta, assim como vive os acontecimentos.”

De nome verdadeiro Francelino Wilson, Mukwarura, é um apelido que provém das raízes do autor, tendo o assumido para contrariar a ordem do seu nome verdadeiro que “não tem nada de africano”. É estudante universitário, para além de ser locutor e jornalista da Rádio Moçambique em Niassa, e nasceu a 24 de Outubro de 1985.

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