terça-feira, 13 de setembro de 2011

EUA desmentem PGR

Tobias Bradford, adido de imprensa da embaixada americana em Maputo
 
A embaixada americana em Maputo refuta a ideia de que condenou MBS a partir do wikileaks, torce o nariz à investigacão da PGR, mas continua a recusar-se a “partilhar com governos estrangeiros” as informações que diz ter, alegando políticas internas do seu governo.
A embaixada americana em Maputo, através do seu adido de Imprensa, Tobias Bradford, não concorda com as conclusões da Procuradoria-Geral da República de que Momed Bashir Suleimane não está envolvido com o tráfico de drogas e, portanto, não é barão de droga. No entanto, não contrapõe publicamente as razões das suas dúvidas e, contrariando toda a lógica do Direito Penal, volta a dizer que tem de ser o acusado a fornecer a quem o acusa toda a informação que prove que nada tem que ver com o assunto.
Bradford diz que os americanos continuam com a posição avançada a 1 de Junho de 2010 e não vão cooperar com a justiça moçambicana, porque as regras do seu país assim não o permitem.
 Tobias Bradford diz que as investigações levadas a cabo pela PGR suscitam muitas perguntas, as quais deverão ser respondidas no prosseguimento das investigações. No entanto, quando lhe perguntámos se os americanos iam prestar colaboração, caso lhes fosse solicitada, respondeu que não.
Bradford diz que o facto de a Procuradoria ter constatado indícios de fuga ao fisco, violações cambiais e aduaneira é um bom passo “para se apurar o que é que Momed Bashir tentava esconder ou que tipo de mercadoria era movimentada”.
“O País” soube de uma fonte da Procuradoria-geral da República que, no acto da sua investigação, esta instituição teria solicitado a colaboração das entidades americanas, mas estas não quiseram cooperar.

FONTE: Jornal O Pais

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