sexta-feira, 18 de março de 2011

Operador turístico usurpa terras em Marracuene

Por Eduardo Quive


Trata-se de Martinho de Almeida, empresário que supostamente usurpou terrenos de alguns camponeses na localidade de Matalane. O problema foi denunciado a governadora da província de Maputo, Maria Jonas, que se encontrava de visita naquele distrito.


Populção do Marracuene, no comício


A população de Matalane teve a oportunidade de colocar os seus problemas diante do governo da província de Maputo, representado ao mais alto nível, pela respectiva governadora provincial Maria Jonas.

Em visita de trabalho ao distrito de Marracuene, a número um da província de Maputo, pretendia, inteirar-se do grau de implementação do Plano Económico e Social, das recomendações de governação deixadas o ano passado, entre outros projectos desenvolvidos pelas comunidades.



Com efeito, efectuou uma visita as instalações de associações locais, com destaque para a APOJ, uma agremiação que se dedica a promoção do auto-emprego, através da agricultura e pecuária.

Maria Jonas visitou ainda os projectos de revolução verde, financiados pelo fundo de iniciativas locais e logo a seguir, deu ouvidos a população num comício proferido na localidade de Matalane com o povoado local.

A população que se fez em massa ao local, fez valer a oportunidade que teve de se reunir com a alta dirigente da província, tendo apresentado as suas preocupações.

No lote dos problemas levantados, destacam-se: a falta de água, uma vez ter se registado roubo do único furo que alimentava a zona, a falta de energia eléctrica, o acesso ao transporte e conflitos de terra.

Entretanto, Maria Jonas, avançou algumas soluções na agenda do governo provincial, como a chegada da rede eléctrica na região, sendo que segundo a governante, não passarão trinta dias sem que a zona esteja iluminada, pois, o governo já tinha em vista o projecto de electrificação de Matalane.

Em relação a água, a governadora disse que “o problema não é a ausência total de água, talvez as fontes de aguas existentes não são suficientes naquele universo populacional, mas ate o terceiro trimestre podemos resolver este problema, porque temos em vista um projecto de instalação de pequenos sistemas de abastecimentos de agua para aquela zona. Será o programa pronazar de o Matalana está contemplado.” Avançou a solução, neste caso, mas para o problema de transporte, “esse e um problema ao nível de toda a provincial e não é só em Matalana, mas há medidas que estão a ser tomadas pelo governo central que esta a importar carros, nos aconselhamos ao distritos para identificar os interessados para obterem esses autocarros, que circulariam ao nível do distrito de Marracuene, que depois por si estudariam a rota.”

Por outro lado o conflito de terra esta a ganhar outros contornos, mas desta vez a população denunciou um empresário chamado Martinho de Almeida, acusado de usurpar terras dos camponeses de Polaze, arredores de Matalana e ainda de os proibir a visitar as campas onde repousam os restos mortais dos seus ente queridos.

Para esta questão, apesar de não ter respondido abertamente em comício, disse em conferência de imprensa, que não se trata de usurpação, pois este cidadão possui um Direito de Uso e Aproveitamento de Terra (DUAT). Contudo, deve-se entrar em conversações com este empresário para facilitar a transição das campas aos respectivos proprietários.

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