segunda-feira, 28 de março de 2011

“Processos criativos de Hortêncio Langa”

Directora do MUSART, Hortêncio Langa e Wazimbo
Por Eduardo Quive
Vive há 60 anos, maior parte dos quais dedicados a arte: música, artes plásticas, literatura e mais algumas coisas que o tornam igual a si, entre várias que se inspiram no seu perfomance. Hortêncio Langa, compõe um leque dos artistas que o país pouco tem, como José Mucavele, Arão Litsure, Wazimbo, Jão Cabaço, homens que subiram consigo ao palco na sexta-feira passada com objectivo de “celebrar a vida”. Durante a semana passada, Langa expôs o melhor de si, intitulando os vários eventos em celebração ao seu aniversáio, em “processos criativos de Hortêncio Langa”.
Música, Literatura e artes plásticas, fizeram-nos conhecer o Hortêncio Langa que há 40 anos está comprometido com a arte durante as seis décadas que vive.
Falar deste artista, polivalente com qualidade de se inspirar, ultrapassa qualuqer descrição possível, por isso, na terça-feira passada, mesmo antes deste inaugurar as actividades que marcaram a sua semana, reservou um espaço no Centro Cultural Franco-Moçambicano, para falar de si e sobre os seus “processos criativos” com os escribas.
Numa série de eventos a realizar na capital, Hortêncio Langa pretende mostrar as várias facetas do seu envolvimento e compromisso com as artes, apresentando uma exposição de artes plásticas no Museu da Arte (MUSART), onde vai exibir 40 obras que constituem os anos da sua carreira artística.
No concerto que teve lugar na última sexta-feira, dia 25 de Março, o conceituado músico partilhou o chão com aqueles que considera “amigos, irmãos, pessoas que ao longo da carreira estiveram comigo. Os fãs e artistas companheiros, para além de desconhecidos, mas que interessam-se por mim”.
O palco do CCFM não foi suficiente para acolher os fãs do artista que não quiseram perder o momento, que se pode considerar único, onde os melhores deixaram ficar o seu bom ritmo, algo que pouco acontece na capital.
Mas há mais, segundo Hortêncio Langa, até finais deste ano o seu disco estará no mercado para deliciar os fãs e pessoas que o acompanham. No referido CD, está o cardápio que sempre apresentou e mais uma novidade como brinde.
Compromisso com a formação de novos artistas
Por outro lado, já no que diz respeito a formação de novos artistas musicais e no desenvolvimento da ciência da música, a “figura dos 60”, manifestou a sua preocupação em dar o seu contributo.
Aliás, Hortêncio Langa, é dos poucos músicos moçambicanos que se preocupa, não só em cantar, mas também em formar-se nesta área, sendo que por isso, reitera o seu compromisso na formação de novos talentos.
Para Langa, lançar publicar um livro intitulado “Hortêncio Langa song book” seria uma importante maneira de transmitir os seus conhecimentos sobre a música como ciência, facto que apesar de estar formado, ainda não explorou essa vertente.
“Isto faz sentido porque já existem escolas de música no nosso país onde muitos jovens e crianças aprendem a ciência da música. Mas o maior material existente sobre isso é da música europeia, pois também aprendi isso. Portanto a minha ideia é de lançar um livro onde vou retratar a música moçambicana cientificamente”. Considerou.

1 comentário:

  1. Quando vivi em Moçambique, conheci Hortêncio Langa, sobrinho de Alexandre Langa.
    Como posso obtermúsicas dos dois?
    Manoel Carlos

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Edição 1 - Nós - Artes e Culturas

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